quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O Beijo de Klimt


Ouvindo o novo cd de Vanessa da Mata, o "Bolos, Bicicletas e Outras Alegrias", conheci essa música.
Vi muitos amigos nela.
Levante a mão se você quer um mundo cheinho de pessoas que não confundam amar com fraquejar.

_o/

Baixe o cd aqui.
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Te Amo
Vanessa da Mata

Mas o pior não é não conseguir
É desistir de tentar
Não acredite no que eles dizem
Perceba o medo de amar
Eu cresci ouvindo anedotas, clichês e chacotas, frustrações
Sobre amasiar, se casar, se entregar seria fraquejar
Te amo, Te amo, Te amo
Te amo, Te amo, Te amo
E se o tempo levar você, e um dia eu te olhar e não te reconhecer
E se o romance se desconstruir, perder o sentido e me esquecer por ai
Mas nós somos um quadro de Klimt, O Beijo para sempre, fagulhando em cores
Resistindo a tudo seremos dois velhos felizes de mãos dadas numa tarde de sol
Pra sempre
Te amo, te amo, te amo
Te amo, te amo, te amo

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A Fantástica Arte de Não Fazer Nada.




Depois de 1 mês no ritmo frenético de trabalho na campanha eleitoral de um distinto candidato ao governo da Bahia, chego em casa. Poderia ter ficado feliz apenas com a sensação de "ufa, dever cumprido".

Mas, não é só isso. É o primeiro fim de semana de folga em um mês. Sapatos são trocados por sandálias. Terninhos trocados por pijamas. Tempo, tempo, tempo, tempo.

Tempo para mim. Para cuidar de mim e das minhas coisas. Quando o tempo livre se torna escasso, a gente fica até na dúvida sobre o que fazer primeiro quando ele aparece. Dar uma hidratação no cabelo ou pintar a unha de azul-cigarrete da Risqué? Arrumar o quarto ou dar banho nos cachorros? Fazer um almoço ou pedir uma pizza? Sair pra balada ou ficar em casa assistindo Cartoon Network? Whatever.

O que importa é que a melhor coisa que se faz quando se tem tempo é... nada. É chegar em casa, tirar os sapatos, tomar um banho, sentar na cama e NADA. Nem que seja 5 minutos apenas. Pensar em nada, nada pra fazer. Depois disso, a constatação: "PQP, que delícia!". Não tem como descrever esse sentimento de pura liberdade para escolher entre ir na cozinha pegar um copo de suco ou continuar sentada olhando pro quadro torto na parede - melhor - não ter a menor vontade de ir lá consertá-lo.

Pode considerar isso uma ode à preguiça. Tou nem aí.

Pra mim, fazer nada é tudo!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Palavras Terapêuticas



- Humm... tão cRoCanTe...
- Repete essa palavra.
- Que palavra?
- Crocante
- Crocante.
- Não, assim não. Fala “hum.. cRoCanTe...”
- Surtou, Brenda?

A língua portuguesa é impressionante. Difícil, cheia de detalhes absurdos e picuinhas que a torna odiada por muitos. A sonoridade das palavras do nosso idioma é maravilhosa e algumas palavras são tão gostosas de falar que parecem uma sinfonia, uma verdadeira harmonia entre lábios, saliva e cordas vocais.

Crocante é uma delas. Bicho, a palavra crocante é muito crocante! Essa junção de C e R e o T no final, putz, é tão bom de falar que mais parece uma mordida numa barra de Crunch.

Tem uma comunidade que eu adoro no Orkut chamada Palavras Terapêuticas. Lá, pessoas que também sentem muito prazer em pronunciar algumas palavras, se reúnem nos fóruns e lançam algumas pérolas nacionais e internacionais que, segundo eles, relaxam mais que maconha e prozac. “Elas causam uma sensação boa, de paz interior, mesmo que por frações de segundo no indivíduo que as profere”, prometem.

Sendo assim, vamos fazer a nossa terapia:

LUGARES TERAPÊUTICOS: Sri Lanka, Massachussets, Namíbia, Madagascar, Pindamonhangaba, Cataratas do Niágara, Lindóia, Sapopemba, Santiago de Compostela, Aconcágua, Kuala Lumpur, Pontal do Paranapanema, Salt Lake City, Papua Nova Guiné, Casa do Caralho (às vezes é preciso mandar algo ou alguém para lá e falar isso em alto e bom som é magnífico! Experimente.)

FAMOSOS TERAPÊUTICOS: Araci Balabanian, Ney Latorraca, Francisco Cuoco, Márcia Goldschmidt, Narcisa Tamborindeguy, Arnold Schwarzenegger, Benicio del Toro, Fiódor Dostoiévski,Yasser Arafat, Galileu Galilei, Mahatma Gandhi, Patativa do Assaré, Robespierre, Gerard Depardieu,Isabela Rosselini, Yves Saint Laurent,Esperidião Amin,Sepúlveda Pertence, Stepan Nercessian, Sarah Jessica Parker, Kiefer Sutherland, Slobodan Milosevic, Bidu Sayão, Margaret Thatcher, Marmud Armadinejad, Aiatolá Khomeini, Mikhail Barichnikov, Mikhail Gorbachev (adorava falar este último quando eu era criança. Nomes russos são demais!)

COMIDAS TERAPÊUTICAS: Rúcula com Mussarela de Búfala, Haägen-Dazs, Cabernet-Sauvignon, Biotônico Fontoura, Pato no Tucupi, Babaganuche, Profiteroles, Möet-chandon, Quindim, Doce de Jaracatiá, Petit Gâteau, Ambrosia, Strudel, Tacacá, Caruru, Paçoca, Gorgonzola, Inhame, Brioche, Omelete, Sucrilhos, Brócolis.

ANIMAIS TERAPÊUTICOS: Chimpanzés Bonobos, Chow-Chow, Ariranha, Chinchila, Dragão de Komodo, Escaravelho, Suçuarana, Tubarão-Baleia, Guaxinim, Mico Leão Dourado, Guepardo, Surucucu, Suricate, Mexilhão, Libélula,Ornitorrinco.

E então? Qual a sua palavra terapêutica?

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Fred



Você pode passar dias viajando ou ir em 20 minutos na padaria comprar pão e leite. No retorno, a festa é a mesma, a receptividade é a mesma, os pulos em cima da sua calça branca são os mesmos. Ele está lá, feliz. Ao te ver, ele lhe sorri, latindo.

Cachorro é tudo de bom.

Eles não precisam falar, não precisam escrever cartas afetuosas e nem provar por A+B que amam você de verdade.

Amor gratuito. Lealdade eterna. Preço: um prato de ração e uma coçadinha na barriga.
Como podem cobrar tão pouco por tudo isso?

Ao olhar meus cães todos os dias, os vejo como se estivessem em um pedestal, em um nível de HUMANIDADE muito acima do meu. Amar sem pedir, sem exigir, sem questionar. Um dia eu chego neste patamar de nobreza.

Sinto saudade do meu bebê. Em menos de 1 ano este pestinha acima se tornou uma das minhas maiores felicidades. Por isso, com o meu coração apertado que só, eu pergunto todos os dias...

Cadê Fred?



:(

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Amor em bagos


Hoje homenageio uma das minhas frutas preferidas, a tangerina. Sempre canto pros quatro ventos o quanto eu gosto dessa fruta e nunca me canso de repetir o quanto ela é linda, cheirosa e integradora.

Sim, integradora. A tangerina tem o poder de reunir pessoas. Tá se sentindo sozinho? Experimente abrir uma tangerina dentro do ônibus ou na fila do banco. O cheiro doce vai exalar com uma rapidez tamanha que só poderá ser comparada à velocidade em quem todos ao seu redor vão olhar para você ao mesmo tempo. Todos com uma pontinha de inveja, porém, todos com a vontade de ser seu melhor amigo naquele instante.

Enquanto a nossa amiguinha cítrica é descascada e debulhada, é chegada a hora de ser educado e de fazer amigos. Ofereça um bago à pessoa do lado. Nada de frutas monopolizadoras e egoístas. Quem vai querer comer uma maçã recém mordida por você? Que estranho dividiria uma caixa morangos com você no meio da rua? Prática, gostosa e barata, a tangerina é a rainha da solidariedade. Dá pra dividir com todo mundo e, no final, todos ficam felizes com este bago de prazer sorvido bem no meio de um dia infernal.

Acabei de voltar do supermercado e fiquei um tempão admirando aquela pirâmide de bolinhas alaranjadas com as suas delicadas folhinhas presas em cima de cada fruta. Parecia um desenho animado da Disney de tão bonitinhas e perfeitinhas que elas estavam... Só voltei à mim depois de um beliscão da minha mãe, gritando: “Oxe, menina, ta pensando em quê? Pega logo aí dois quilos de tangerinas!” rsrs.

Ah, 1 quilo desta magnânima fruta custa apenas R$ 1,60.

Quando você ama alguém, logo providencia um apelido carinhoso para esta pessoa, certo? Pois então, o brasileiro gosta tanto de tangerina que arranjou 6 apelidos para a estimada frutinha... A depender do local do país ela é também chamada de mandarina, mimosa, vergamota, bergamota, mexerica ou poncã.(momento wikipedia!rsrs)

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

SMS do S2



Era pra ser apenas mais um dia de trabalho, mais um expediente sem nada de diferente. Mesmos problemas, mesmos estresses, mesmos colegas importunando seu ofício. Mesmo bife com fritas na hora do almoço, mesmo peso na consciência por não ter colocado mais salada no prato. Mesmo adeus não retribuído no fim do dia, mesmo ônibus lotado pra voltar pra casa e o mesmíssimo trânsito crowdeado na região do Iguatemi.

Mas no meio da mesmice diária, seu celular vibra. Como a curiosidade para ver o que se trata é maior que a preguiça em pegar o aparelho dentro da bolsa no coletivo lotado, você faz o esforço e alcança o bendito telefone. Lá está ela, uma pequena e sucinta mensagem SMS.

E não é da operadora cobrando a conta atrasada. É dele. Ou dela. Namorado, ficante, amigo da faculdade, de infância, da pós, do inglês, da academia, vizinho, da mãe, do pai, do irmão, do cunhado, da avó, do padrinho, da tia de consideração que mora no interior, da vendedora da sua loja preferida, daquela amiga de um amigo seu.

Seja lá quem for o remetente, os poucos caracteres vem com muito afeto e com a insuperável certeza de que você tem sido uma pessoa boa, pois aquele ser humano desprendeu 2 minutos do dia dele pra te mandar a simples mensagem “Sinto sua falta”.

Já que os poemas e cartas de amor de tempos atrás foram trocados pela rapidez do SMS, os fabricantes de celulares deveriam modificar as notas rápidas disponíveis na memória do aparelho. Nada de “não posso atender” ou “estou em reunião”. Deveriam colocar também o “Você é especial” e o “Eu também te amo”.

E viva a tecnologia à serviço do amor!

=D

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Minha Cachoeira, Minha Vida


Os tupis dizem que a Iara mora lá. Os africanos contestam o local como a morada de Oxum. Os gregos resolveram entrar na briga e disseram que a propriedade pertence mesmo às ninfas... Também pudera! Todos nós, seres vivos ou espirituais, gostaríamos de morar numa linda e alta Cachoeira...

Eu, mera mortal, não sou diferente. Quando tenho tempo e cifras sobrando, pego minha mochilinha e vou pro meio do mato andar à procura de uma. Nada melhor que trocar o barulho das buzinas de carro pelo “chuáááá” interminável dos poços onde a única função da água é cair, cair e cair. Sorte das pedras, que ficam lindas e lapidadas. Sorte minha, que posso deixar os meus problemas do dia a dia escorrerem junto com as águas e sair de lá completamente revigorada.

Ao lado, foto minha depois de longo e divertido banho na Cachoeira das 3 Barras, na Chapada Diamantina. Na imobiliária das entidades místicas, essa cachoeira aí seria equivalente a uma casa no Alphaville. Linda, grande, ampla e com vista pras montanhas. Um luxo só! 80 metros para os deuses desfrutarem do maior conforto.

Mas não precisa ir nas Cataratas do Iguaçu para ser feliz. Até a bica que escorre no fundo do sítio do seu padrinho já dá pro gasto! Apenas sente-se embaixo de uma e deixe a água bater em sua cabeça e, assim, levar todos os maus pensamentos...

Passeando pela net, achei esse site muito legal - www.guiadecachoeiras.com.br - Um super guia com dicas de todas as cachoeiras do Brasil. :)

Ah, não dá pra sair de casa em busca da cachoeira perdida? Baixe AQUI o barulhinho dela para tentar espantar o tédio e o estresse.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Nunu e Fafá


No primeiro dia, Deus viu que a terra era feia, chata, então resolveu criar a natureza, as plantas e os animais. Não satisfeito, criou Adão e Eva, esses pestinhas adoráveis. No sétimo dia, Deus descansou. Trabalho concluído? Não, Senhor.

No oitavo dia, Deus, depois de taaanto trabalhar, acordou com fome. Cansado da comida da cozinha celestial, resolveu inovar e criar duas preciosidades para abrilhantar o café divinal. Ladies and Gentlemen, a Nutella e a Farinha Láctea.

Não consigo encontrar outra versão para a criação destas duas iguarias que tem taxas de gordura e açúcar tão elevadas quanto o amor que sinto por elas. Nada supera a felicidade de encontrar lá em cima da mesa da copa aquela latinha amarela junto com o potinho marrom com tampa branca... ambos esperando ansiosos por uma colherada minha.

Atire a primeira pedra quem nunca comeu farinha láctea pura, sem nada. Quem nunca tomou bronca por ter virado aquele pó seco goela abaixo ou tentou ficar tirando com a língua a farinha doce grudada no céu da boca? Não é todo dia que se acorda com paciência de esquentar o leite e misturar, assuma!

A subversão alimentar é a mesma com a Nutella... Não sei por que diabos ela aparece sempre em cima de uma fatia de torrada nos comerciais... Ninguém passa nutella no pão! Isso é um mero disfarce, tudo para camuflar a real vontade de enfiar o dedo ou a colher no pote e levar o creme de avelã mais amado do planeta até à boca. Exatamente da mesma forma como se faz com o brigadeiro que a mãe deixa no prato esfriando na beira da janela.

Nunu e Fafá formam o casal criado pelo ser supremo que mais deu certo. Afinal, qual deles se trocaria por uma maçã?


::: Conhece o segredo das comadrinhas e de todas as mamães?? rs

domingo, 25 de julho de 2010

O Barulho do Abraço


“Ôh ôuu”

Já ouviu essa expressão sair da boca de alguém enquanto te abraça? Adoro. É o som do aconchego. Você passeia no shopping e encontra na saída da escada rolante aquele amigo de infância que só aparece uma vez na vida e outra na morte... Um grande suspiro de surpresa, braços devidamente arqueados, aproximação dos corpos saudosos e “ôh ôuuu”...

Na escala de intimidade, pra mim, o abraço está um nível acima do beijo. Até do beijo da boca. Sim, troco uma língua babada por um ombro ergometricamente confortável para encostar a linha do meu queixo. Adoro².

Instantâneo ou demorado, o abraço funciona como um santo remédio. Ele pode ser um energético dando um vigor no seu dia, ou relaxante, como uma rede macia disponível para aquela soneca depois do almoço de domingo.

Por isso, trago de volta a campanha Free Hugs, amplamente divulgada uns anos atrás. Vou sair por aí com uma placa humilde, dizendo: “Eu podia tá matando, eu podia tá roubando, mas só quero te dar um abraço...”

E é grátis, pô. Aceita aí!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Os Guerreiros da Fofura



Tenho certeza que na infância de muita gente, fazer “guerra” era muito mais que jogar War (aliás, ôh jogo chato!). Quando o assunto era duelar, confrontar, liberar as tensões em cima de alguém, uma outra guerra era feita dentro de casa... Com os primos, com os irmãos ou com os amigos, ricos ou pobres, ocidentais ou orientais, não importa – toda hora é uma boa hora para começar uma Guerra de Almofadas.

Não precisa ser de pena de ganso, coitadinho. Dá pra fazer uma boa bagunça sem matar nenhum bicho. Basta pegar aquele travesseiro de algodão véio que tem aí no quarto de visita. Pegue um e saia sorrateiro pela casa, na pontinha do pé. Ops, lá está a sua irmã, mega concentrada no TCC da faculdade. Não fique com pena, desça o cacete nela com a almofada.

Fato: sua irmã vai ficar virada no estopô, em bom baianês. Não se preocupe, pois ela vai te olhar e ver que o que você tem nas mãos é uma bela, fofa e desestressante almofada, com aquela fronha bordada em ponto de cruz pela vovó. Fronha de vó não se parece em nada com um equipamento bélico, logo, sua irmã vai rir. Porém, uma fúria rosa vai tomar conta do coração dela subitamente. Então, a gata corre pro sofá e pega a almofada verde, aquela que custou os zói da cara na Etna e você dividiu de 10x no cartão.

Enfim, o fatídico e famoso grito: “GUERRA DE ALMOFADAS!”. Êta corre-corre gostoso! Páf! Puf! Pá! Pow! (2345 vezes). Cuidado com a quina da cama pra não machucar o dedinho mindinho! A quina da cama e o dedo mindinho do pé nasceram um pro outro, nunca vi se gostarem tanto! Rsrs

E tem gente que gasta rios de dinheiro com terapias holísticas para liberar tensões e desfazer nódulos nas costas. Não tem massagista que faça você rir mais que uma boa batalha de travesseiros, eu garanto!

Duvida? Pois saiba que o bagulho é sério e hoje existe o World Pillow Fight Day. É praticamente uma Grande Guerra Mundial de Travesseiros, com participação de várias pessoas nas principais capitais do mundo... Aqui no Brasil teve em São Paulo, no Parque do Ibirapuera. A coisa é tão organizada que existe um blog só para guerreiros da fofura aqui no Brasil, vai lá: pillowfightbrasil.wordpress.com
Ainda não se convenceu? Okey, segue abaixo um vídeo de um flashmob feito em Melbourne, na Austrália. Dezenas de pessoas se esbofeteando em praça pública... MEU SONHO!



Alguém topa?

quarta-feira, 7 de julho de 2010

1 música, 1000 vezes.



Se ainda estivéssemos nos tempos da vitrola e do vinil, meu aparelho já teria ido pro espaço. Eu poderia ouvir mil músicas uma única vez. Mas não... Pra mim, uma música, seja ela qual for, só tem sentido quando a escuto mais de mil vezes. Não conseguia externar isso de forma tranquila, até o dia em que encontrei uma comunidade do Orkut com o tema. Ufa, sou normal!! Uhu! (A mesma sensação senti quando encontrei a comunidade “Ladrões de Copos de Bar”. Mas isso fica pra outro post.. :P)

Mas que prazer isso dá? Não sei direito, só sei que é legal e indico pra vocês. Quando a música é em inglês então, afe, melhor ainda! Uso sempre a prática do idioma como desculpa! Mas só sossego quando consigo gravar a letra. O que mais me estimula ouvir várias vezes a mesma canção acho que é exatamente isso - o aprendizado que ela pode gerar. As descobertas.

Vou tentar explicar o processo:

1 – Entro no carro. Tou lá feliz e saltitante tomando fechadas na Av. ACM em horário de pico e ligo o rádio. Lá está ela, tocando. Nunca tinha ouvido isso. Que som bacana! Isso na pista de dança deve bombar. E eu não posso chegar na baladinha sem saber o que ta acontecendo... seja aqui na Borracharia ou no verão londrino.

2- Em casa, sento no PC e vou procurar a música no 4shared. Aí eu descubro que o cd da bandinha é massa, tem várias influências que eu gosto. Tome a fazer downloads demorados pra ouvir a bendita música que me salvou do tédio do congestionamento no Itaigara. Puf, achei.

3 – Como uma virose, a música se instala no meu mídia player e eu não consigo parar de ouvir. Depois da vigésima vez, me pergunto, será que tem clipe? Migro pro Youtube. ADORO clipes. Adoro a forma como se solidificam os sons e fazem com que as canções fiquem marcadas ainda mais nas nossas vidas.

4 – Depois de ver e ouvir o som instigante, passo pro passo que mais gosto... Será que dar pra tocar no violão? E tome a procurar as cifras nos sites especializados, afinal, toco viola muito meiabocamente, mas dá pra enrolar. Quando a cifra vem sem muitos números, sustenidos e bemóis, salvo na pasta “Minhas Cifras”. E quem sabe na próxima rodinha eu chegue com um repertório mais atualizado do que aquele brother que toca bem pra caramba, mas que só toca aquelas jurássicas de barzinho, tipo “brinquêêêdos de papeeel machêêê...”.

O hit, o download, a letra, o vídeo-clipe, a cifra. Assim, vamos contruindo a soundtrack que dá brilho à nossa existência...

Pros felizes psicopatas viciados do botão “repeat”, eis a comunidade que citei: "Ouço a mesma música MIl vezes!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Chocolate, O Tesouro.



Se a alegria tivesse um sabor específico, com certeza ela teria o gosto dele, o mais famoso derivado do cacau, o poço calórico onde nós nos afundamos sem culpa, o querido, o desejado e jamais rejeitado... O Chocolate. É dele que arrancamos energia e vigor num dia de TPM. É ele que se faz presente nas caixas decoradas em forma de coração acompanhando os buquês de flores. É nele que nos afogamos após um belo e tenro pé na bunda. Chocolate, o analgésico do mundo.

Não falo apenas do chocolate sólido, do bombom delicadamente embalado com papel alumínio e plástico colorido, que ficamos loooooucos de raiva quando derrete todo dentro da bolsa nos dias de calor. Incluo neste conceito as formas mais variadas em que ele se apresenta: da ganache que cobre a torta ao granulado do brigadeiro. Da calda mais pedida na sorveteria ao Nescau prontinho de cada manhã. Em creme, em calda, em gotas, em barra, em pó, sólido, líquido... se existisse chocolate gasoso, também nesta lista ele entraria.

Muito se questiona sobre o valor nutricional do chocolate, como se isso fosse o que realmente importasse... Dá espinhas, é afrodisíaco, libera serotonina, endorfina e mais milhões de "inas". Grandes merdas. O que importa não é apenas o sabor majestoso, mas todo o valor simbólico deste ouro negro (ou branco!)... Ouro sim, pois nós o tratamos como um verdadeiro tesouro. Na minha casa, por exemplo, chocolate insuficiente é motivo de discórdia, de brigas e desavenças sem fim. Por isso, viramos piratas profissionais.

Quando você compra chocolate você o coloca na geladeira? Então, ou você é amador, ou na sua casa moram extraterrestres. No meu lar, quando compramos chocolates, não colocamos dentro da geladeira, óbvio. Afinal, seria o mesmo que dar o mapa, com GPS e rota feita no Google Maps pros parentes-ladrões-chocólatras-de-uma-figa. Na geladeira, apenas a rúcula, o pepino e gelo. O doce tesouro nós colocamos nos locais mais absurdos. Eu, geralmente ponho as trufas dentro da gaveta de calcinhas, local onde os dragões dos meus irmãos e meu cunhado não colocam as mãos. Já escondi também numa caixa de sapatos, na prateleira mais alta da sapateira. Outra vez, na gaveta do meu banheiro, ao lado do pacote de papel higiênico. Ah, e antes que me chamem de idiota por revelar os locais, saibam que a galera aqui nem sabe direito o que é um blog...rs

“Ah, mas vai estragar o chocolate”. Relax, nem dá tempo! Antes que mofe, ele já estará bonito enfeitando meu estômago e alegrando meu cérebro. É maluquice esconder o chocolate da família, pode parecer. "Povo mal educado esse da sua casa, Brenda..." vocês podem até pensar. Mas o fato é que o chocolate causa tanta euforia que eu os entendo perfeitamente quando vêem uma caixa dando sopa na geladeira. Meu irmão é o pior: come tudo e ainda deixa a caixa vazia lá dentro, gelando. Como se o papelão gelado fosse ficar mais saboroso para o próximo otário que for buscar um bombom.

Sabe o que é mais incrível? Não existem poesias famosas com o chocolate, esse doce sublime! Googlei até! Nada de importante, exceto aquela música de Tim Maia (eu só quero chocolate). Os bons poetas só exaltam o álcool, o ópio e a mulher. Mal sabia Vinícius de Moraes que uma tarde em Itapuã pode ser muito mais bacana com uma barra de Crunch acompanhando...nhamnham! ;-)

terça-feira, 13 de abril de 2010

O rir sem saber





Quando eu era criança e Bethânia cantava “de repente fico rindo à toa sem saber por que”, eu não entendia muito bem. Poderia ser efeito de drogas, podia ser esquizofrenia, enfim, uma série de possibilidades que dariam razão ao fato de se rir sem motivo algum. Pois na minha cabeça infantil (que não mudou muito, por sinal), até para rir sem motivo tinha que ter ao menos UM ensejo, ora essa!

No caso da música, Bethânia ficou letárgica das idéias e com o riso solto por causa de um novo amor, uma paixão. Mas em meio à volubilidade sentimental que se vive hoje, nós temos é que dá um jeitinho ou outro pra poder provar dessa felicidade que dá e passa, que faz rir à toa sem sabe o por quê. Mas como?

Antes de sair comprando caixas e caixas de lexotan, vamos tentar encontrar respostas entre eles, os risonhos sem motivo algum, sejam eles artistas, loucos, bêbados ou cientistas da Universidade de Massachusetts.

Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade”, Carlos Drummond de Andrade. Bingo! Será que Drummond curtia uma birita? Com aquela carinha de bancário aposentado, acho que não era a dele não. O que o velho Drumma queria dizer com isso era que a felicidade é algo mais ligado ao impalpável, às sensações que independem de grana, de quantas conquistas se teve durante à vida ou quantos cargos você vai subir na empresa.

Outro bacana otimista como a porra, pra não dizer o contrário, Lord Byron, disse um dia desses:“A felicidade nasceu gêmea”. Ah, é claro! Ri sozinho é uma merda. Coisa melhor que dividir alegrias não há. E como já dizia o nosso queridinho Jobim, é impossível ser feliz sozinho. Logo, o amor é fundamental e rir junto é o segredo... E pode ser das coisas boas, das próprias mazelas ou do nada, sem saber por que.

Amar é uma arte, gargalhar com os queridos faz parte.

Sejam bem vindos!

Até sempre,
Brenda Ramos (Jornalista desempregada, gorda, feia, mas que não consegue encontrar motivos para achar a vida um saco.)

::Quer ouvir Cheiro de Amor, por Maria Bethânia? Vai lá: http://migre.me/wiCm