sexta-feira, 6 de agosto de 2010

SMS do S2



Era pra ser apenas mais um dia de trabalho, mais um expediente sem nada de diferente. Mesmos problemas, mesmos estresses, mesmos colegas importunando seu ofício. Mesmo bife com fritas na hora do almoço, mesmo peso na consciência por não ter colocado mais salada no prato. Mesmo adeus não retribuído no fim do dia, mesmo ônibus lotado pra voltar pra casa e o mesmíssimo trânsito crowdeado na região do Iguatemi.

Mas no meio da mesmice diária, seu celular vibra. Como a curiosidade para ver o que se trata é maior que a preguiça em pegar o aparelho dentro da bolsa no coletivo lotado, você faz o esforço e alcança o bendito telefone. Lá está ela, uma pequena e sucinta mensagem SMS.

E não é da operadora cobrando a conta atrasada. É dele. Ou dela. Namorado, ficante, amigo da faculdade, de infância, da pós, do inglês, da academia, vizinho, da mãe, do pai, do irmão, do cunhado, da avó, do padrinho, da tia de consideração que mora no interior, da vendedora da sua loja preferida, daquela amiga de um amigo seu.

Seja lá quem for o remetente, os poucos caracteres vem com muito afeto e com a insuperável certeza de que você tem sido uma pessoa boa, pois aquele ser humano desprendeu 2 minutos do dia dele pra te mandar a simples mensagem “Sinto sua falta”.

Já que os poemas e cartas de amor de tempos atrás foram trocados pela rapidez do SMS, os fabricantes de celulares deveriam modificar as notas rápidas disponíveis na memória do aparelho. Nada de “não posso atender” ou “estou em reunião”. Deveriam colocar também o “Você é especial” e o “Eu também te amo”.

E viva a tecnologia à serviço do amor!

=D

Um comentário:

  1. Uma vez um amigo recebeu uma mensagem que dizia "pedala robinho". Ele ficou meio sem entender. Como era da internet, achou que era engano. Mas o pior é quando você manda a msg com algo mais íntimo ou secreto, e erra o número do celular. Aí sim é "barril".

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