quinta-feira, 29 de julho de 2010

Nunu e Fafá


No primeiro dia, Deus viu que a terra era feia, chata, então resolveu criar a natureza, as plantas e os animais. Não satisfeito, criou Adão e Eva, esses pestinhas adoráveis. No sétimo dia, Deus descansou. Trabalho concluído? Não, Senhor.

No oitavo dia, Deus, depois de taaanto trabalhar, acordou com fome. Cansado da comida da cozinha celestial, resolveu inovar e criar duas preciosidades para abrilhantar o café divinal. Ladies and Gentlemen, a Nutella e a Farinha Láctea.

Não consigo encontrar outra versão para a criação destas duas iguarias que tem taxas de gordura e açúcar tão elevadas quanto o amor que sinto por elas. Nada supera a felicidade de encontrar lá em cima da mesa da copa aquela latinha amarela junto com o potinho marrom com tampa branca... ambos esperando ansiosos por uma colherada minha.

Atire a primeira pedra quem nunca comeu farinha láctea pura, sem nada. Quem nunca tomou bronca por ter virado aquele pó seco goela abaixo ou tentou ficar tirando com a língua a farinha doce grudada no céu da boca? Não é todo dia que se acorda com paciência de esquentar o leite e misturar, assuma!

A subversão alimentar é a mesma com a Nutella... Não sei por que diabos ela aparece sempre em cima de uma fatia de torrada nos comerciais... Ninguém passa nutella no pão! Isso é um mero disfarce, tudo para camuflar a real vontade de enfiar o dedo ou a colher no pote e levar o creme de avelã mais amado do planeta até à boca. Exatamente da mesma forma como se faz com o brigadeiro que a mãe deixa no prato esfriando na beira da janela.

Nunu e Fafá formam o casal criado pelo ser supremo que mais deu certo. Afinal, qual deles se trocaria por uma maçã?


::: Conhece o segredo das comadrinhas e de todas as mamães?? rs

domingo, 25 de julho de 2010

O Barulho do Abraço


“Ôh ôuu”

Já ouviu essa expressão sair da boca de alguém enquanto te abraça? Adoro. É o som do aconchego. Você passeia no shopping e encontra na saída da escada rolante aquele amigo de infância que só aparece uma vez na vida e outra na morte... Um grande suspiro de surpresa, braços devidamente arqueados, aproximação dos corpos saudosos e “ôh ôuuu”...

Na escala de intimidade, pra mim, o abraço está um nível acima do beijo. Até do beijo da boca. Sim, troco uma língua babada por um ombro ergometricamente confortável para encostar a linha do meu queixo. Adoro².

Instantâneo ou demorado, o abraço funciona como um santo remédio. Ele pode ser um energético dando um vigor no seu dia, ou relaxante, como uma rede macia disponível para aquela soneca depois do almoço de domingo.

Por isso, trago de volta a campanha Free Hugs, amplamente divulgada uns anos atrás. Vou sair por aí com uma placa humilde, dizendo: “Eu podia tá matando, eu podia tá roubando, mas só quero te dar um abraço...”

E é grátis, pô. Aceita aí!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Os Guerreiros da Fofura



Tenho certeza que na infância de muita gente, fazer “guerra” era muito mais que jogar War (aliás, ôh jogo chato!). Quando o assunto era duelar, confrontar, liberar as tensões em cima de alguém, uma outra guerra era feita dentro de casa... Com os primos, com os irmãos ou com os amigos, ricos ou pobres, ocidentais ou orientais, não importa – toda hora é uma boa hora para começar uma Guerra de Almofadas.

Não precisa ser de pena de ganso, coitadinho. Dá pra fazer uma boa bagunça sem matar nenhum bicho. Basta pegar aquele travesseiro de algodão véio que tem aí no quarto de visita. Pegue um e saia sorrateiro pela casa, na pontinha do pé. Ops, lá está a sua irmã, mega concentrada no TCC da faculdade. Não fique com pena, desça o cacete nela com a almofada.

Fato: sua irmã vai ficar virada no estopô, em bom baianês. Não se preocupe, pois ela vai te olhar e ver que o que você tem nas mãos é uma bela, fofa e desestressante almofada, com aquela fronha bordada em ponto de cruz pela vovó. Fronha de vó não se parece em nada com um equipamento bélico, logo, sua irmã vai rir. Porém, uma fúria rosa vai tomar conta do coração dela subitamente. Então, a gata corre pro sofá e pega a almofada verde, aquela que custou os zói da cara na Etna e você dividiu de 10x no cartão.

Enfim, o fatídico e famoso grito: “GUERRA DE ALMOFADAS!”. Êta corre-corre gostoso! Páf! Puf! Pá! Pow! (2345 vezes). Cuidado com a quina da cama pra não machucar o dedinho mindinho! A quina da cama e o dedo mindinho do pé nasceram um pro outro, nunca vi se gostarem tanto! Rsrs

E tem gente que gasta rios de dinheiro com terapias holísticas para liberar tensões e desfazer nódulos nas costas. Não tem massagista que faça você rir mais que uma boa batalha de travesseiros, eu garanto!

Duvida? Pois saiba que o bagulho é sério e hoje existe o World Pillow Fight Day. É praticamente uma Grande Guerra Mundial de Travesseiros, com participação de várias pessoas nas principais capitais do mundo... Aqui no Brasil teve em São Paulo, no Parque do Ibirapuera. A coisa é tão organizada que existe um blog só para guerreiros da fofura aqui no Brasil, vai lá: pillowfightbrasil.wordpress.com
Ainda não se convenceu? Okey, segue abaixo um vídeo de um flashmob feito em Melbourne, na Austrália. Dezenas de pessoas se esbofeteando em praça pública... MEU SONHO!



Alguém topa?

quarta-feira, 7 de julho de 2010

1 música, 1000 vezes.



Se ainda estivéssemos nos tempos da vitrola e do vinil, meu aparelho já teria ido pro espaço. Eu poderia ouvir mil músicas uma única vez. Mas não... Pra mim, uma música, seja ela qual for, só tem sentido quando a escuto mais de mil vezes. Não conseguia externar isso de forma tranquila, até o dia em que encontrei uma comunidade do Orkut com o tema. Ufa, sou normal!! Uhu! (A mesma sensação senti quando encontrei a comunidade “Ladrões de Copos de Bar”. Mas isso fica pra outro post.. :P)

Mas que prazer isso dá? Não sei direito, só sei que é legal e indico pra vocês. Quando a música é em inglês então, afe, melhor ainda! Uso sempre a prática do idioma como desculpa! Mas só sossego quando consigo gravar a letra. O que mais me estimula ouvir várias vezes a mesma canção acho que é exatamente isso - o aprendizado que ela pode gerar. As descobertas.

Vou tentar explicar o processo:

1 – Entro no carro. Tou lá feliz e saltitante tomando fechadas na Av. ACM em horário de pico e ligo o rádio. Lá está ela, tocando. Nunca tinha ouvido isso. Que som bacana! Isso na pista de dança deve bombar. E eu não posso chegar na baladinha sem saber o que ta acontecendo... seja aqui na Borracharia ou no verão londrino.

2- Em casa, sento no PC e vou procurar a música no 4shared. Aí eu descubro que o cd da bandinha é massa, tem várias influências que eu gosto. Tome a fazer downloads demorados pra ouvir a bendita música que me salvou do tédio do congestionamento no Itaigara. Puf, achei.

3 – Como uma virose, a música se instala no meu mídia player e eu não consigo parar de ouvir. Depois da vigésima vez, me pergunto, será que tem clipe? Migro pro Youtube. ADORO clipes. Adoro a forma como se solidificam os sons e fazem com que as canções fiquem marcadas ainda mais nas nossas vidas.

4 – Depois de ver e ouvir o som instigante, passo pro passo que mais gosto... Será que dar pra tocar no violão? E tome a procurar as cifras nos sites especializados, afinal, toco viola muito meiabocamente, mas dá pra enrolar. Quando a cifra vem sem muitos números, sustenidos e bemóis, salvo na pasta “Minhas Cifras”. E quem sabe na próxima rodinha eu chegue com um repertório mais atualizado do que aquele brother que toca bem pra caramba, mas que só toca aquelas jurássicas de barzinho, tipo “brinquêêêdos de papeeel machêêê...”.

O hit, o download, a letra, o vídeo-clipe, a cifra. Assim, vamos contruindo a soundtrack que dá brilho à nossa existência...

Pros felizes psicopatas viciados do botão “repeat”, eis a comunidade que citei: "Ouço a mesma música MIl vezes!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Chocolate, O Tesouro.



Se a alegria tivesse um sabor específico, com certeza ela teria o gosto dele, o mais famoso derivado do cacau, o poço calórico onde nós nos afundamos sem culpa, o querido, o desejado e jamais rejeitado... O Chocolate. É dele que arrancamos energia e vigor num dia de TPM. É ele que se faz presente nas caixas decoradas em forma de coração acompanhando os buquês de flores. É nele que nos afogamos após um belo e tenro pé na bunda. Chocolate, o analgésico do mundo.

Não falo apenas do chocolate sólido, do bombom delicadamente embalado com papel alumínio e plástico colorido, que ficamos loooooucos de raiva quando derrete todo dentro da bolsa nos dias de calor. Incluo neste conceito as formas mais variadas em que ele se apresenta: da ganache que cobre a torta ao granulado do brigadeiro. Da calda mais pedida na sorveteria ao Nescau prontinho de cada manhã. Em creme, em calda, em gotas, em barra, em pó, sólido, líquido... se existisse chocolate gasoso, também nesta lista ele entraria.

Muito se questiona sobre o valor nutricional do chocolate, como se isso fosse o que realmente importasse... Dá espinhas, é afrodisíaco, libera serotonina, endorfina e mais milhões de "inas". Grandes merdas. O que importa não é apenas o sabor majestoso, mas todo o valor simbólico deste ouro negro (ou branco!)... Ouro sim, pois nós o tratamos como um verdadeiro tesouro. Na minha casa, por exemplo, chocolate insuficiente é motivo de discórdia, de brigas e desavenças sem fim. Por isso, viramos piratas profissionais.

Quando você compra chocolate você o coloca na geladeira? Então, ou você é amador, ou na sua casa moram extraterrestres. No meu lar, quando compramos chocolates, não colocamos dentro da geladeira, óbvio. Afinal, seria o mesmo que dar o mapa, com GPS e rota feita no Google Maps pros parentes-ladrões-chocólatras-de-uma-figa. Na geladeira, apenas a rúcula, o pepino e gelo. O doce tesouro nós colocamos nos locais mais absurdos. Eu, geralmente ponho as trufas dentro da gaveta de calcinhas, local onde os dragões dos meus irmãos e meu cunhado não colocam as mãos. Já escondi também numa caixa de sapatos, na prateleira mais alta da sapateira. Outra vez, na gaveta do meu banheiro, ao lado do pacote de papel higiênico. Ah, e antes que me chamem de idiota por revelar os locais, saibam que a galera aqui nem sabe direito o que é um blog...rs

“Ah, mas vai estragar o chocolate”. Relax, nem dá tempo! Antes que mofe, ele já estará bonito enfeitando meu estômago e alegrando meu cérebro. É maluquice esconder o chocolate da família, pode parecer. "Povo mal educado esse da sua casa, Brenda..." vocês podem até pensar. Mas o fato é que o chocolate causa tanta euforia que eu os entendo perfeitamente quando vêem uma caixa dando sopa na geladeira. Meu irmão é o pior: come tudo e ainda deixa a caixa vazia lá dentro, gelando. Como se o papelão gelado fosse ficar mais saboroso para o próximo otário que for buscar um bombom.

Sabe o que é mais incrível? Não existem poesias famosas com o chocolate, esse doce sublime! Googlei até! Nada de importante, exceto aquela música de Tim Maia (eu só quero chocolate). Os bons poetas só exaltam o álcool, o ópio e a mulher. Mal sabia Vinícius de Moraes que uma tarde em Itapuã pode ser muito mais bacana com uma barra de Crunch acompanhando...nhamnham! ;-)