domingo, 22 de maio de 2011

Para quem ama até o talo


Então, o hit da semana.

É modinha? É hype? É isso? É aquilo? Só sei que dois grandes amigos me mandaram o clipe da música “Oração”, A Banda Mais Bonita da Cidade, via facebook, com o mesmo recadinho anexado: “Essa música é a cara de @Brenda Ramos!”

E é mesmo! Boba, simples, romântica, caseira. Palavras se repetindo em prol do bem maior, o amor. Como um mantra, um “om namah shivaya” moderninho, com palavras que alavacam sentimentos e, quando ecoadas no universo, são trazidas de volta ao corpo em forma de satisfação, relaxamento. “Ah, Brenda, isso é viadagem”, diriam alguns amigos. Esses alguns que não tiveram a vida e o coração sempre repletos, transbordando amor.

É disso que a música fala. De doação, entrega, de abrir a porta do órgão pulsante e deixar os seres entrarem sem bater, sem serem convidados. No coração cabe tudo, penteadeiras, o que não cabe na dispensa, cabe muito mais do que as nossas garoupas e onças podem nos proporcionar.

Agradeço a Leandro Hilário e Maria Eugênia Bahia pela dedicatória. Pessoas que, assim como eu, preferem um coração cheio de amor que uma carteira cheia de dinheiro.

Para você, que ama até o talo, A Banda Mais Bonita da Cidade:

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Cheiro de chuva


Falar do aroma da água que cai do céu em pleno verão pode parecer controverso, mas é exatamente nesta época que o cheiro de terra molhada evapora mais rápido e logo atinge as nossas narinas. É o dia abrindo após o temporal, aquela sensação de que a ida á praia está salva, que não será necessário ouvir gritos da minha mãe mandando minha preguiça caminhar por eu não querer molhar o jardim. O ar limpo, leve, despertando aquela vontade de vestir qualquer roupa esvoaçante e fresquinha para depois sair, nem que seja pra ir à venda comprar o gengibre que ficou faltando pro caruru. O melhor: perceber que o tempo não é tão meu inimigo assim e ainda me possibilita sentir o cheiro da chuva, percebê-lo e curti-lo da devida forma.
Voto pelo uso adequado e intenso do nosso nariz!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Ao fundo e além.


Adoro água. Acho um máximo submergir, deixar a água cobrir a cabeça, ficar sem ar, ouvir o zumbido do silêncio até que os pulmões reclamem. Seja na praia, na piscina ou no ofurô que um dia terei soberano em minha varanda. Deixar a água cobrir o cansaço, os dilemas, as dúvidas...

Mergulhar é preciso.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O Beijo de Klimt


Ouvindo o novo cd de Vanessa da Mata, o "Bolos, Bicicletas e Outras Alegrias", conheci essa música.
Vi muitos amigos nela.
Levante a mão se você quer um mundo cheinho de pessoas que não confundam amar com fraquejar.

_o/

Baixe o cd aqui.
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Te Amo
Vanessa da Mata

Mas o pior não é não conseguir
É desistir de tentar
Não acredite no que eles dizem
Perceba o medo de amar
Eu cresci ouvindo anedotas, clichês e chacotas, frustrações
Sobre amasiar, se casar, se entregar seria fraquejar
Te amo, Te amo, Te amo
Te amo, Te amo, Te amo
E se o tempo levar você, e um dia eu te olhar e não te reconhecer
E se o romance se desconstruir, perder o sentido e me esquecer por ai
Mas nós somos um quadro de Klimt, O Beijo para sempre, fagulhando em cores
Resistindo a tudo seremos dois velhos felizes de mãos dadas numa tarde de sol
Pra sempre
Te amo, te amo, te amo
Te amo, te amo, te amo

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A Fantástica Arte de Não Fazer Nada.




Depois de 1 mês no ritmo frenético de trabalho na campanha eleitoral de um distinto candidato ao governo da Bahia, chego em casa. Poderia ter ficado feliz apenas com a sensação de "ufa, dever cumprido".

Mas, não é só isso. É o primeiro fim de semana de folga em um mês. Sapatos são trocados por sandálias. Terninhos trocados por pijamas. Tempo, tempo, tempo, tempo.

Tempo para mim. Para cuidar de mim e das minhas coisas. Quando o tempo livre se torna escasso, a gente fica até na dúvida sobre o que fazer primeiro quando ele aparece. Dar uma hidratação no cabelo ou pintar a unha de azul-cigarrete da Risqué? Arrumar o quarto ou dar banho nos cachorros? Fazer um almoço ou pedir uma pizza? Sair pra balada ou ficar em casa assistindo Cartoon Network? Whatever.

O que importa é que a melhor coisa que se faz quando se tem tempo é... nada. É chegar em casa, tirar os sapatos, tomar um banho, sentar na cama e NADA. Nem que seja 5 minutos apenas. Pensar em nada, nada pra fazer. Depois disso, a constatação: "PQP, que delícia!". Não tem como descrever esse sentimento de pura liberdade para escolher entre ir na cozinha pegar um copo de suco ou continuar sentada olhando pro quadro torto na parede - melhor - não ter a menor vontade de ir lá consertá-lo.

Pode considerar isso uma ode à preguiça. Tou nem aí.

Pra mim, fazer nada é tudo!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Palavras Terapêuticas



- Humm... tão cRoCanTe...
- Repete essa palavra.
- Que palavra?
- Crocante
- Crocante.
- Não, assim não. Fala “hum.. cRoCanTe...”
- Surtou, Brenda?

A língua portuguesa é impressionante. Difícil, cheia de detalhes absurdos e picuinhas que a torna odiada por muitos. A sonoridade das palavras do nosso idioma é maravilhosa e algumas palavras são tão gostosas de falar que parecem uma sinfonia, uma verdadeira harmonia entre lábios, saliva e cordas vocais.

Crocante é uma delas. Bicho, a palavra crocante é muito crocante! Essa junção de C e R e o T no final, putz, é tão bom de falar que mais parece uma mordida numa barra de Crunch.

Tem uma comunidade que eu adoro no Orkut chamada Palavras Terapêuticas. Lá, pessoas que também sentem muito prazer em pronunciar algumas palavras, se reúnem nos fóruns e lançam algumas pérolas nacionais e internacionais que, segundo eles, relaxam mais que maconha e prozac. “Elas causam uma sensação boa, de paz interior, mesmo que por frações de segundo no indivíduo que as profere”, prometem.

Sendo assim, vamos fazer a nossa terapia:

LUGARES TERAPÊUTICOS: Sri Lanka, Massachussets, Namíbia, Madagascar, Pindamonhangaba, Cataratas do Niágara, Lindóia, Sapopemba, Santiago de Compostela, Aconcágua, Kuala Lumpur, Pontal do Paranapanema, Salt Lake City, Papua Nova Guiné, Casa do Caralho (às vezes é preciso mandar algo ou alguém para lá e falar isso em alto e bom som é magnífico! Experimente.)

FAMOSOS TERAPÊUTICOS: Araci Balabanian, Ney Latorraca, Francisco Cuoco, Márcia Goldschmidt, Narcisa Tamborindeguy, Arnold Schwarzenegger, Benicio del Toro, Fiódor Dostoiévski,Yasser Arafat, Galileu Galilei, Mahatma Gandhi, Patativa do Assaré, Robespierre, Gerard Depardieu,Isabela Rosselini, Yves Saint Laurent,Esperidião Amin,Sepúlveda Pertence, Stepan Nercessian, Sarah Jessica Parker, Kiefer Sutherland, Slobodan Milosevic, Bidu Sayão, Margaret Thatcher, Marmud Armadinejad, Aiatolá Khomeini, Mikhail Barichnikov, Mikhail Gorbachev (adorava falar este último quando eu era criança. Nomes russos são demais!)

COMIDAS TERAPÊUTICAS: Rúcula com Mussarela de Búfala, Haägen-Dazs, Cabernet-Sauvignon, Biotônico Fontoura, Pato no Tucupi, Babaganuche, Profiteroles, Möet-chandon, Quindim, Doce de Jaracatiá, Petit Gâteau, Ambrosia, Strudel, Tacacá, Caruru, Paçoca, Gorgonzola, Inhame, Brioche, Omelete, Sucrilhos, Brócolis.

ANIMAIS TERAPÊUTICOS: Chimpanzés Bonobos, Chow-Chow, Ariranha, Chinchila, Dragão de Komodo, Escaravelho, Suçuarana, Tubarão-Baleia, Guaxinim, Mico Leão Dourado, Guepardo, Surucucu, Suricate, Mexilhão, Libélula,Ornitorrinco.

E então? Qual a sua palavra terapêutica?

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Fred



Você pode passar dias viajando ou ir em 20 minutos na padaria comprar pão e leite. No retorno, a festa é a mesma, a receptividade é a mesma, os pulos em cima da sua calça branca são os mesmos. Ele está lá, feliz. Ao te ver, ele lhe sorri, latindo.

Cachorro é tudo de bom.

Eles não precisam falar, não precisam escrever cartas afetuosas e nem provar por A+B que amam você de verdade.

Amor gratuito. Lealdade eterna. Preço: um prato de ração e uma coçadinha na barriga.
Como podem cobrar tão pouco por tudo isso?

Ao olhar meus cães todos os dias, os vejo como se estivessem em um pedestal, em um nível de HUMANIDADE muito acima do meu. Amar sem pedir, sem exigir, sem questionar. Um dia eu chego neste patamar de nobreza.

Sinto saudade do meu bebê. Em menos de 1 ano este pestinha acima se tornou uma das minhas maiores felicidades. Por isso, com o meu coração apertado que só, eu pergunto todos os dias...

Cadê Fred?



:(